terça-feira, 25 de maio de 2010

Não vou sair

Cadeados, portas, arame
São peças da minha prisão particular
Meus olhos veem meu eu ir embora
Um eu que não sou eu
Alguém me roubou de mim
Mas ele é mais forte

Deixe-me Sair
Deixe-me Sair
Salve-me de mim

Meu outro eu
Aquele escondido
A minha armadura
Se libertou
Agora ele comanda
Sou eu a prisioneira
Dia a dia ele me convence
Que é o melhor pra mim
Me promete vida sem sofrimento

Ele me hipnotiza
Sabe como me prender
Agora no casulo
Entre correntes e arame
Meu eu está sendo modificado

Doe
A dor é laciante
Mas eu escolhi
Minha armadura está na minha pele
Tá escuro tenho medo
Mas agora as correntes já são amigas
Não precisa mais doer
Meu eu aflorou
Sou Aço
Meu eu aflorou
Não há mais dor

Não chore por mim
Não tenha dó de mim
Eu sou o q a vida talhou

Nenhum comentário:

Postar um comentário