segunda-feira, 7 de março de 2011

Ampulheta


Se os minutos fossem segundos e os segundos horas
Nesse ponto do tempo eu me perderia
Me perderia dos ponteiros do relógio
Fugindo da prisão dos insensatos tic tacs

A se meu tempo fosse de corda
Daria corda no minuto que te conheci
Voltaria nos momentos doces
Existiria apenas nos calorosos beijos
Na distração insegura da mãos que ardem pela pele

Se eu voltasse então os ponteiros
Talvez eu te deixasse menos nãos
Usaria menos "se"
Te faria mais meu do que seu
E jamais acertaria o relógio

No futuro que não te tenho
Ou no passado que te possuo
Apenas a dança das horas
No bailar de dias e anos
Que escorrem pelas minhas mãos
Incertas e aventureiras
No único intuito de te amar.

2 comentários:

  1. Algo aqui me parece ser tão familiar, mais sinto que vai bem alem das cores (da aparência) é algo como a forma de por os sentimentos...
    Algo aqui dói, chora e rir...

    Doce e sublime são suas palavras...

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  2. A cada poema que escreves deixa a marca dos seus sentimentos impressa...é sempre muito relaxante vir até aqui e lê-la.
    Beijos!

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