sábado, 25 de junho de 2011

She (Elvis Costello)


Ela
Pode ser o rosto que eu não posso esquecer.
Um traço de prazer ou arrependimento
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar.
Ela pode ser a música que o verão canta.
Pode ser o frio que o outono traz.
Pode ser cem coisas diferentes
Dentro da medida de um dia.

Ela
Pode ser a bela ou a fera.
Pode ser a fome ou o banquete.
Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um inferno.
Ela pode ser o espelho dos meus sonhos.
Um sorriso refletido em um riacho
Ela pode não ser o que ela pode parecer
Dentro da sua casca

Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
Cujos olhos podem ser tão secretos e tão orgulhosos
Ninguém pode vê-los quando eles choram.
Ela pode ser o amor, que não pode esperar para durar
Pode vir para a mim das sombras do passado.
Que eu vou me lembrar até o dia que eu morrer

Ela
Pode ser a razão pela qual sobrevivo
O porquê e o motivo de eu estar vivo
A única que que eu vou cuidar prontamente ao longo dos anos durante as adversidades.
Eu vou pegar as risadas e as lágrimas dela
E farei delas todas as minhas lembranças
Para onde ela for, eu tenho que estar
O sentido da minha vida é

Ela, ela, ela

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dê-me

Dê-me a possibilidade de sonhar meus sonhos
Sem os paradigmas sociais e da lucidez imposta por ela
Dê-me minhas rimas e minhas letras
Onde nelas contém meus sentimentos mais puros e abstratos
Dê-me as possibilidades escabrosas e a irrealidade do intangível
Porque meus sentimentos são complexos e minha alma ilegível
Porque do Amor faço os tijolos do impossível
Do Amor faço a única necessidade eminente
Do Amor ergo castelos e dissipo exércitos
Não tenho algemas invisíveis do possível
Minha Alma é vento, é sonho
Não tentem escrever com minha caneta
Meus simbolismos da escrita são armas que convidam a criatividade
Ao Sonho
Ao Luar
A vida do que não vive
Ou a luta do que dorme
O que seria da vida sem a quebra de paradigmas??
Sento-me então no meu mundo de ilusão onde tudo posso
E onde lá bem ali, está o Amor que é meu ar.

sábado, 4 de junho de 2011

Tirem-me tudo

Tirem-me tudo
As óperas tristes
O doce da vida, aquele açúcar refinado que insiste em adoçar o que não tem docilidade
Tire-me o dinheiro, ichi isso já é algo que tanto se corre atrás mas que no fundo não nos traz a verdadeira felicidade
Tire-me o Sol que no seu estágio mais quente não aquece a alma dos que pensam ter tudo mas por fim só tem por companhia a solidão
Tire-me por favor as tarde enfadonhas de outono com as pessoas vazias que insistem em sorrir dentes amarelos de infelicidade
Tempo de hipocrisia e incredulidade
Tempo de irresponsabilidades mascaradas
Por favor tire-me daqui
Tirem minha roupa, me dispam dos meus bens
Mas não me tire o AMOR
Deixe minha alma ser livre, meus pés flutuarem, minhas mãos acompanharem o vento
Me deixem o amor verdadeiro, aquele que independe dos atos de outrem
Me deixem o amor pela vida, aquele amor tão sublime que alguém insiste em esconder na caixa de Pandora
Sim acredito que não só a Esperança ficou lá
O Amor também !!
Aquele Amor pelos atos belos, pela beleza das flores, aquele que nos faz sorrir com a gargalhada inocente das crianças.
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, perdemos tanto quando esquecemos os detalhes
O Amor a loucura, a música alta, a música calma
La mor, la vitta, la felicita
Raios e trovões (essa frase não é minha)
A beleza da vida está na simplicidade,
Caramba como é difícil ser simples e fácil complicar
Por favor me tirem tudo, mas me deixem o Amor por tudo aquilo que é belo, pelas complicações das pessoas, o amor pelo sonho incansável, pela luta árdua
O amor de dois seres que tem que ter consciência da finidade do sentimento mas que devem também dar valor a cada segundo do sentimento
Tirem-me tudo, porque com o Amor tudo consigo em dobro, por ele e com ele !!